Ao fazer um orçamento gráfico é comum a gráfica perguntar ao cliente qual o tipo de papel e quantas gramas deseja-se para a produção do material. Aí ele pensa… Será que eu liguei pra um horto, gramas pra que?
Bem deixa de brincadeira, vamos voltar ao assunto deste artigo que é te ajudar a entender os termos gráficos usados nos orçamentos.
Tipos de papeis mais comuns:
1. Offset ou Sulfite:
É um papel não revestido, ou seja, meio poroso, muito usado nos panfletos mais comuns, daqueles impressos em 1 cor apenas e distribuídos a torta e direita por aí.
Ele é considerado o papel mais simples, sendo batido em simplicidade apenas pelo papel jornal. É usado em panfletos de rua, miolo de livros, memorandos, receituários, notas fiscais, e quando mais grosso até em fichas e cartões. A principal vantagem é que é o melhor para escrita, pois por ser bem poroso absorve bem a tinta. É também um dos mais baratos. Existe de 50 gr a cerca de 300 gr. Existe em várias cores. As cartolinas estão incluidas neste grupo. Quer entender mais sobre esse papel? Tente esse link aqui: Papel offset ou sulfite!
2. Jornal:
O papel jornal tem as mesmas características do offset, só que é mais fino e “sujo”, com muitas fibras soltas. É usado quase que exclusivamente para jornais, notas fiscais e panfletos vagabundos. Existe aproximadamente de 50 a 70 gr.
3. Couchê:
É o papel comum de maior qualidade. Ele não é poroso como os anteriores,pois leva uma camada vedante em ambas as faces que o deixa impermeável e aparentemente mais fino ( se bem que mais resistente que os anteriores). Hoje é largamente utilizado para fabricação de panfletos e folders, assim como nas principais revistas, capas, cartões de visita e muito mais. Praticamente quase todas as gráficas utilizam este papel por que se tornou sinônimo de qualidade. Existe nas gramaturas aproximadas de 63 gr a 350 gr. Quer conhecer mais do papel couchê. Temos essa postagem aqui: Papel Couchê! Saiba o que é!. Para comprar basta clicar aqui.
4. Supremo (e similares importados):
É um papel intermediário entre o offset e o couchê. A característica principal é ser mais grosso que o offset de mesma gramatura e ter a parte selante apenas numa das faces. Existem muitas variações segundo a qualidade, seguindo agora da de pior qualidade para a melhor: Duplex (usado em folhinhas – textura de jornal no verso), Triplex (o duplex um pouco melhor- verso branco), Supremo (É o triplex de marca boa- o verso é bem lisinho), Supremo DuoDesign (é uma marca de um papel que leva a parte selante dos dois lados, porém com a mesma “grossura” dos papeis supremos. Existem especificamente para atender a demanda de cartões e capas de livros, indo aproximadamente de 200 gr a 400 gr. Muito usado também por algumas gráficas, sendo o supremo um substituto barato do couchê e o supremo duodesign um pouco mais conceituado que o couchê. Quer saber mais deles? Tenta essa postagem aqui: Papel duplex, Triplex, duodesign e outros mais!
5. Reciclado:
Acompanhando a moda ecológica, criou-se um papel que utiliza tanto aparas de papel pós consumo como pré consumo, ou seja, faz-se uma mistura de papel novo com papel usado. O papel é poroso como o papel offset e apresenta uma coloração amarelada típica. É muito usado pelas empresas para apresentar uma “posição ecológica”. Existe basicamente em 3 gramaturas: 90 gr, 120 gr e 250 gr, variando um pouco de acordo com o fabricante. É largamente usado em substituição do papel comum, prospectos e cartões de visita.
6. Papeis especiais:
Para quem quer entender de papel a fundo existem algumas centenas de tipos de papeis em diversas cores. Em qualquer papelaria você encontra pelo menos uma centena. Mas a maioria só é usada em gráfica em serviços especiais atingindo preços altíssimos, pois só vão servir para aquele trabalho específico. Dentre eles podemos citar o Telado, Gofrata, Casca de ovo, Vergê, Opaline, Color Plus, Pólen, dentre outros.
7. Papel Fotográfico
Esse papel foi criado especificamente para as impressoras jato de tinta, procurando melhorar a impressão e hoje são até a prova dágua, ou seja, a impressão adere a superfície resistindo até quando é molhada. No comércio existe esse papel em baixa gramatura (cerca de 90 g) até 300 g, podendo ter a superficie preparada só numa face ou em ambas as faces.
8. Papel Transfer e Sublimático
Alguns papeis foram criados para aplicações específicas. O papel transfer e sublimático se destina a ser transferido para outra superfície pelo calor. O papel transfer posiciona a imagem superficialmente na peça. O Sublimático faz com que a tinta evapore e grude dentro dos poros da superfície. Essa transferencia é feita por calor em equipamentos especialmente feitos para essa finalidade.
Não entraremos em termos técnicos como sentido de fibra, taq, capacidade de retenção de tinta… passemos agora paras gramaturas, voltado para o lado do cliente.
Gramaturas mais usadas no mercado e seus usos típicos:
A – 50 a 63 gr
Tipica de notas fiscas e blocos de orçamento.
B – 75 gr e 90 gr
Usadas na maioria dos timbrados, receituários e em nossas impressoras domésticas. Os panfletos de menor qualidade também são feitos nestas gramaturas, tanto offset quanto couchê. O reciclado também é muito usado respeitando o enfoque ecológico.
C – 120 e 150 gr
Usado principalmente em panfletos. O offset 120 gr quase nunca é usado, a não ser quando se quer um material para escrita.
D – 180 gr
Tipico das cartolinas e dos cartões caseiros de menor qualidade. É mais ou menos a maior gramatura que as impressoras domésticas suportam (com raras exceções).
E – 210 a 300 gr
Típica de cartões de visita, folhinas, calendários e capas de livros.
F – Acima de 300 gr
Rara no mercado editorial. Usado mais para cartonagem e serviços especiais.
E por hoje é só. Em nossa barra de pesquisa você pode, se desejar, buscar mais outros posts que tratam deste assunto e muitos outros ligados a dicas sobre tipos de papel e suas aplicações.
Fonte: CardQuali
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