Começo este texto te fazendo uma simples pergunta, existe limites
para a imaginação? Acredito que a sua reposta mais óbvia é não, não há
limites para a imaginação. Por isso, quando se trata de comunicação, o
cuidado entre aquilo que eu falo e o que você entende precisa ser
seriamente analisado.
Não podemos dar espaço para a imaginação e isso só será evitado
quando a comunicação for clara, eficiente e principalmente, quando nos
posicionamos na realidade de quem precisa entender o recado. A Pergunta
é, de que forma eu interpretaria isso que estou dizendo?
Quando
não somos assertivos em nossas mensagens, podemos alimentar a
imaginação do outro, dando espaço para várias interpretações. O sucesso
de uma comunicação está na qualidade assertiva incorporada nela. Por
isso, contra fato, não há imaginação.
A grande verdade é que no processo de comunicação, eu sou responsável
por aquilo que você entende. O que eu sei e o que eu quero transmitir,
não pode ser visto com o meu olhar, mas com o olhar do outro, de quem
recebe a informação.
Vamos entender o porquê. Ao receber uma mensagem, vou interpretá-la
de acordo com a formação que eu tive e se esta mensagem não for isenta
de qualquer tipo de subjetividade de quem a emite, ela terá um conjunto
de intenções do emissor.
Dentro de uma organização, quando a comunicação não é eficiente, o
que mais se percebe são interpretações diferentes para uma mesma
mensagem. Naturalmente, quando isso acontece, alimentamos uma imaginação
que pode resultar em várias situações negativas.
Jacques Lacan, psicanalista francês disse que “toda palavra tem
sempre um mais além, sustenta muitas funções, envolve muitos sentidos.
Atrás do que diz um discurso, há o que ele quer dizer e, atrás do que
quer dizer, há ainda um outro querer dizer, e nada será nunca
esgotado.”. Pensando no que diz Lacan, quando a palavra inserida na
mensagem não for clara, a imaginação jamais será esgotada, pois para
cada olhar, poderá haver uma interpretação.
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