A preocupação com um governo honesto e atuante é um ponto comum na agenda dos jovens brasileiros (19 a 25 anos) em relação à agenda dos não jovens (acima de 29 anos), revelou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (22) pela SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República) e pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
A pesquisa foi realizada em maio, com mais de 11.430 mil pessoas, em nove regiões metropolitanas, e listou as maiores prioridades dos jovens brasileiros. A pesquisa segue o modelo de perguntas que vem sendo utilizado na pesquisa Meu Mundo, da Organização das Nações Unidas, que visa traçar as metas do novo milênio a partir de 2015.
Ter um governo honesto e atuante é a quarta maior preocupação dos jovens ouvidos na pesquisa no Brasil, e também a quarta prioridade na agenda dos não jovens. Comparado aos outros assuntos, este é um dos temas que mais une as gerações, segundo a pesquisa.
Também ficaram de "herança" de uma geração para outra a preocupação com o acesso à água potável e ao saneamento. Colocada em nona posição entre os jovens, com 27,4% do total de votos, é também a nona prioridade entre os não jovens, com 28,6%.
Já a educação de qualidade, prioridade máxima na agenda dos jovens (85,2%), aparece em segundo lugar na agenda dos não jovens (80,5%), relação inversa à preocupação com a saúde, segunda prioridade para quem tem de 19 a 25 e prioridade máxima (86,6%) para as pessoas acima de 29 anos.
"A maior diferença entre os jovens e não jovens é que eles (jovens) querem mais educação de qualidade, enquanto a pessoa que vai ficando mais velha pensa mais em saúde", avaliou o presidente do Ipea, Marcelo Neri.
A pesquisa divulgada hoje faz parte de um amplo estudo que está sendo feito pelo governo sobre o jovem brasileiro com análises de aspectos nas áreas de demografia, educação e mercado de trabalho.
A ideia, segundo Ricardo Paes de Barros, subsecretário de Ações Estratégicas da SAE, é terminar o ciclo de pesquisas até meados de 2014.
"Quando se completar o ciclo teremos uma ideia geral da juventude para adequar as políticas públicas e ver as áreas que se deve priorizar. Serão quatro ou cinco fascículos iguais a esse (de hoje) cobrindo também trabalho, educação", explicou.
Fonte: Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.