Ajudar equipes de marketing com poucos recursos a mobilizarem-se em torno de uma só ideia é de fato possível se todos os elementos souberem com clareza em que consiste essa ideia. Além disso, uma estratégia para ser consistente e eficaz exige um compromisso com metas comuns e valores partilhados. Sem esse compromisso não existe um verdadeiro desafio, existe apenas existe um conjunto de pessoas distraídas com diferentes interesses.
Faça a diferença – Imagem de Fontain Marketing |
Uma vez reunidos estes requisitos, existe ainda outra questão fundamental: é preferível comunicar e partilhar menos e com qualidade, do que muito e sem interesse. De forma simples e singular, as marcas devem ter algo de interessante para dizer. Só desta forma conseguirão ser facilmente recordadas e badaladas pelos consumidores. Ao elevarem os seus índices de recordação estão também a criar empatia e associações positivas em torno da sua imagem.
Adam Morgan (1999), no seu livro Eating the Big Fish, sugere às marcas e aos seus responsáveis de marketing oito linhas orientadoras com vista à obtenção do sucesso:
1. Rompa com o passado recente
Esqueça tudo o que sabe e pense de novo. Um número excessivo de empresas continua a ter o passado como referência. Isto não cria a atitude correta nem a preparação de uma estratégia que seja distinta.
2. Construa uma identidade farol
Declare o que é, com insistência e emoção – não reflita apenas o que os consumidores dizem que querem, nem baseie a sua orientação nos ecos do que faz a concorrência.
3. Assuma a liderança do pensamento na sua categoria
Torne-se aquele de quem toda a gente fala. Se não dispuser dos fundos para inundar uma audiência com a sua mensagem, então apareça com uma ideia inspiradora de que todos falem.
4. Crie símbolos de reavaliação
Faça o inesperado para que reparem. Uma mudança na atitude da empresa pode ser transmitida com rapidez, aparecendo em locais inusitados ou afirmando coisas habituais.
5. Sacrifício
Determine o que não vai fazer. A capacidade para realizar uma tal estratégia assenta no comportamento disciplinado. As empresas querem sempre ser vistas a fazer imensas coisas, quando, de facto, fazer bem uma só pode ser muito mais eficaz.
6. Superação
Os especialistas em karatê fixam o alvo dois palmos abaixo do tijolo que querem partir. Exige mais esforço do que é de facto necessário, mas garante que a tarefa é cumprida. Esta é a atitude que as marcas desafiantes precisam quando realizam o seu marketing. Tentativas hesitantes não resultam, em especial quando não se dispõe dos mesmos recursos da marca líder.
7. Utilizar a publicidade para entrar na cultura popular
Jogar segundo as regras existentes no setor ou categoria não dará resultado. É preciso ligar a sua marca a alguma coisa que tenha ressonância na cultura popular e ali se fixe.
8. Centre-se em ideias, não se centre nos consumidores
Reinvente constantemente o que está a fazer. Marcas desafiantes bem-sucedidas não são estáticas, pelo que não pode contentar-se em inventar algo de inteligente e descansar com os louros. Continue a fazer aparecer ideias e concretize-as.
Assim, o caminho a trilhar passa por possuir uma estratégia de comunicação consistente, capaz de construir a consciência da marca. É fundamental que se construam significados relevantes e distintos que sejam absorvidos pela personalidade do indivíduo, de forma a influenciar a forma como o este pensa, sente e age em relação à marca. A consciência da marca é e será sempre a imagem da marca. Aqui, é fundamental que o reconhecimento gere cumplicidade e atração. É isto que leva à ação e à relação. Se a experiência for positiva desenvolve-se a confiança e depois compromisso.
Conforme Kevin Duncan (2011), “criar fidelidade para além da razão exige conexões emocionais que geram os níveis mais elevados de amor e respeito pela sua marca”.
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