A alta tecnologia aplicada ao setor automotivo já é uma realidade em todo o mundo, e a tendência é que até o final de 2014 todos os veículos das grandes marcas ofereçam algum tipo de conectividade, segundo Jack Bergquist, da consultoria IHS.
Apesar da popularização da conectividade em automóveis, essa não é uma tecnologia barata e o investimento do setor será alto. Segundo dados divulgados pela BBC, até 2020 as tecnologias para facilitar a vida dos motoristas será equivalente a 20% do valor total de um carro. Estamos falando de um mercado avaliado em cerca de R$ 1,2 trilhão.
Aplicativos desenvolvidos para auxiliar os motoristas a encontrar restaurantes, postos de gasolina e outros estabelecimentos ao seu redor já podem ser baixados por aí, mas tanta informação ao alcance dos olhos pode ser um perigo quando se está ao volante. "Você pode se empolgar com a experiência e esquecer que está dirigindo. Melhor, mais rápido e mais barato é o que os consumidores querem, mas com segurança", diz John Ellis, especialista em tecnologia da Ford, uma das montadoras que mais vende carros com algum tipo de conectividade.
Tudo isso gera uma preocupação maior em relação ao tipo de tecnologia que um carro apresenta porque, além de ser um fator que pode influenciar na atenção do motorista nas estradas, também pode tornar o veículo vulnerável a ataques de hackers.
Por possuir um sistema conectado à internet, os automóveis passam a ser uma porta de entrada para cibercriminosos, mas as montadoras se preocupam muito com essa questão e já estão se preparando para isso. Já existem modelos no mercado que separam os aplicativos de partes essenciais para o funcionamento do veículo.
As empresas de tecnologia estão se envolvendo cada vez mais com o setor automotivo devido à grande possibilidade de lucro com esse crescimento. A Intel afirma que as tecnologias para veículos estão entre as que mais se desenvolvem atualmente, ficando atrás apenas de tablets e smartphones.
A CES 2013 provou que as companhias estão investindo pesado no setor. A Ford, por exemplo, anunciou o lançamento de sua plataforma de código aberto para que desenvolvedores criem aplicativos para os sistemas nativos de seus carros. Já a GM apresentou sua nova integração do assistente de voz do iPhone, o Siri, com o sistema MyLink de seus veículos, o que permite que o motorista use comandos de voz do smartphone da Apple por meio de um botão no volante do carro.
O Google também não ficou para trás, tanto que anunciou recentemente sua parceria com a Kia Motors, onde irá integrar seus mapas e serviços com o sistema de informação e entretenimento da Kia, o UVO. O próximo passo é lançar carros completamente autônomos, que funcionem sem o motorista. A Volvo planeja fazer isso já em 2014.
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