Vejam este artigo da Gizmodo falando exatamente sobre este assunto e trazendo a vocês 10 destas frustrações por qual muitos de nós já passamos:
À medida que a tecnologia velha dá lugar a outras mais novas, rápidas e brilhantes, nós não conseguimos evitar um sentimento de nostalgia pelos nossos gadgets de outrora — mesmo com todos os seus problemas. Avram Piitch, da Laptop Mag, nos leva por um tour de todas essas dores de cabeça que a tecnologia causava, e que as novas gerações nunca terão o (des)prazer de conhecer.
Internet discada superlenta
Eu uso internet a cabo desde 1999, mas nunca me esquecerei da internet discada. Caso não ocorra um apocalipse da banda larga, os bebês de hoje poderão contar nos dedos as conexões realmente lentas que ele vai encarar na vida. A internet discada era como uma caixa de bombons: você nunca sabia o que ia sobrar para você.
Ouvir o barulho do modem discando era como ver um crupiê girar a roleta. Eu prendia a respiração quando ouvia o tom do último número. Será que vai dar ocupado, ou vai continuar chamando até eu cancelar e tentar de novo? Mesmo quando o provedor atendia, eu ficava ansioso por ao menos 30 segundos, enquanto ouvia o familiar “boing, boing, bing” do processo de handshaking. No final, eu podia ser o vencedor de uma rápida conexão de 56K ou ficar com o prêmio de consolação, uma velocidade de 14,4Kbps, que demorava dez minutos para baixar uma única foto. E quando a conexão caia então, depois de arrancar uns tufos de cabelo e quase chutar o computador, a agonia começava tudo de novo.
Disquetes enormes
Hoje em dia, você tem que ter muito azar para perder seu trabalho. Tudo o que as gerações mais novas escreverem, desde os primeiros textos até os trabalhos da faculdade, será preservado na nuvem para os bisnetos verem.
Quando éramos jovens, nós tínhamos disquetes de 5,25 e 8 polegadas (quase do tamanho de uma caderno universitário, porém, quadrado) bem moles para guardar nossos arquivos. Ao contrário dos pendrives de hoje em dia que aguentam até 30 minutos debaixo d’água, os disquetes podiam ser vítimas de imãs, poeira, calor ou mesmo desgaste de uso. O pior é que, como demorava muito para salvar um documento, você fazia isso menos vezes e corria mais risco de perder tudo. Sem contar que a capacidade deles era ínfima se comparada com a dos dispositivos de armazenamento atuais (Gigas e Terabytes). Veja a tabela a seguir extraída da Wikipédia:
Tipo de disco | Ano | Capacidade |
---|---|---|
8-inch | 1971 | 80 kB |
8-inch | 1973 | 256 kB |
8-inch | 1974 | 800 kB |
8-inch dual-sided | 1975 | 1MB |
5¼-inch | 1976 | 160 kB |
5¼-inch DD | 1978 | 360 kB |
5¼-inch QD | 1980 | 720 KB |
5¼-inch HD | 1984 | 1.2 MB |
Orelhões sujos
Ao longo de sua vida, os meninos de hoje nunca ficarão sem contato, porque eles sempre terão algum dispositivo de comunicação com ele. Quando éramos jovens, a única maneira de ligar para alguém da rua era usando um orelhão, isto quando achávamos um funcionando. Agora quase todo orelhão funciona e em algumas cidade você liga até de graça para linhas fixas.
Naquela época, os fones desses quiosques contagiosos eram tão limpos quanto um banheiro público que não era lavado há anos. Pior ainda era ter que comprar cartões ou fichas. Fichas de telefone, lembram disso?
Mensagens ambíguas no pager
Breve estaremos vendo pessoas usando headsets que projetam e-mails diretamente na retina ou os óculos tipo o Google Glass que mostram informações no seu campo de visão e são comandados por voz. Antigamente, ficávamos felizes por possuir um pager alfanumérico que tocava e mostrava um número de telefone.
Infelizmente, quando você recebia uma mensagem, frequentemente não sabia de quem era o número e o que a pessoa queria até ligar de volta. Imagine quantas vezes as pessoas corriam para o orelhão mais próximo para ligar e em seguida descobrirem que era só telemarketing ou estranhos que erraram o telefone.
Alugar e rebobinar filmes
Hoje podemos assistir filmes de alta definição em Blu-Ray ou transmitidos diretamente da nuvem para nosso tablet ou TV. Os garotos de hoje não vão acreditar quando dissermos a eles que nós costumávamos alugar fitas VHS numa locadora.
Quando você pensa direito no que era isso, percebe que cada aspecto de alugar um filme era um exercício de frustrações. Primeiro, você tinha que ir até a locadora e torcer para que ainda houvesse cópias do filme que você queria, mas isso geralmente dava errado: você ia pegar Pearl Harbor e acabava levando algum besteirol ruim. Depois, tinha 24 horas para ver o filme e devolvê-lo rebobinado, sob risco de multa. Eu nunca vou esquecer as noites que fiquei esperando o videocassete rebobinar a fita para eu poder ir até a Blockbuster debaixo de uma tempestade e devolver o filme antes de dar meia-noite.
Impressoras matriciais
Quando os nosso filhos quiserem imprimir alguma coisa (se eles quiserem e precisarem disso, claro), a impressora vai imprimir colorido num papel brilhante em menos de um minuto. Se ele precisar de mais papel, é só colocar folhas A4 na bandeja e pronto. Ou quem sabe, usar uma impressora 3D que breve estarão disponíveis em quiosques ou boxes de lojas, nos shoppings, na empresas e com mais alguns anos, em nossas casas.
Eles nunca terão a mesma satisfação que tivemos depois de finalmente alinharmos os buraquinhos da resma de papel com os dentes de uma impressora matricial e esperar 20 minutos para ela imprimir 10 páginas em preto-e-branco de texto puro ao som de uma sinfonia de agulhas emitindo ruídos agudos e irritantes. Imprimir era um processo tão lento e doloroso que as garotas podiam usar “Eu preciso imprimir um negócio aqui” como desculpa para não sair, em vez de clássicos como “Eu preciso secar o cabelo” ou “Chegou visita, não vai dar”.
Escrever em Palm Graffiti
Os melhores softwares de hoje em dia são como um par de sapatos confortáveis: eles se adaptam às preferências do usuário com o tempo. O primeiro computador, o primeiro celular e o primeiro tablet dos nossos filhos vão, sem dúvidas, aprender com eles, prevendo qual vai ser a próxima palavra que eles vão digitar ou a música que quer ouvir, baseado nas atividades passadas.
Crescendo num mundo em que reina a personalização, eles ficarão surpresos ao saber que havia um aparelho que forçava você a aprender um alfabeto praticamente inteiro apenas para colocar texto. Uma geração inteira dos PDAs PalmOS exigiam que você escrevesse em Graffiti, um alfabeto sintético desenhado para que fosse mais fácil para o dispositivo ler o que você escrevia.
Imagens da web com ruído
Se hoje alguém ver uma foto com uma paleta de cor limitada, ela estará no Instagram. Mas quando a Web era nova, muitas placas de vídeo e monitores podiam exibir apenas 256 cores diferentes (8-bit color) de cada vez na tela.
As fotos ficavam granuladas, pois o computador tinha que usar dithering para aproximar as cores que ele não podia exibir. Mesmo o wallpaper e os ícones do Windows pareciam granulados quando você usava o modo de cores de 8-bit. Quando finalmente conseguíamos uma placa de vídeo de 16-bit, a Internet inteira parecia diferente.
Ajustar a antena da TV
Seja streaming da Internet ou um canal HD da TV a cabo, os vídeos que as novas gerações assistem ou assistirão vão aparecer ao simples toque de um botão ou comando de voz. Serão raras as ocasiões em que eles terão que esperar por causa da bufferização ou do congelamento de alguma imagem, e eles não terão muito o que fazer nesses casos.
Quando souberem que rodávamos ou esticávamos antenas que ficavam em cima da TV só para conseguir uma imagem decente, ficarão chocados. Infelizmente, por décadas antes da TV a cabo e da TV digital, todo mundo tinha que levantar do sofá e periodicamente perder tempo com as antenas, porque a imagem ficava ruim de uma hora para outra. Uma geração de crianças foi encarregada dessa ingrata tarefa.
Revelar fotos
Se hoje alguém quiser tirar uma foto de alguma coisa, tudo que precisa é apontar o smartphone, tablet ou câmera digital para o objeto e apertar um botão. Em menos de um segundo, ele terá uma imagem completamente digital que ele pode editar, imprimir ou compartilhar com o mundo.
Há poucos anos atrás, a maioria das fotos eram tiradas com câmeras de filme, com duas dúzias de quadros por rolo e sem ter como ver até serem reveladas. Às vezes, levava semanas ou meses antes de terminar o rolo e revelá-lo. Até mesmo as fotos de Polaroid levavam minutos para aparecer e eram pequenas e com qualidade limitada. Naquela época, se alguém saia com olhos vermelhos ou estava olhando pro lugar errado, era tarde demais para tirar outra foto.
Fonte: GIZMODO e originalmente publicado pela Laptop Mag. Laptopmag.com.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.