Anel Nupcial e Rosário
Entrando no antigo mosteiro é possível ver o interior de um pequeno quarto que (cela, conforme denominação antiga), no tempo de Santa Rita, era usado para correção de eventuais faltas consideradas graves contra o Evangelho e contra as normas das religiosas.
Anel Nupcial de Santa Rita
O Rosário de Santa Rita
Dentro desta cela, em um relicário, está o ANEL NUPCIAL de Santa Rita, formado por duas mãos que se entrelaçam. Tem um grande valor simbólico, pois recorda que um amor autêntico exige fidelidade.
Em outro relicário se contempla o ROSÁRIO de Santa Rita, muito semelhante àquele que aparece pintado nas mãos da Santa em antigas iconografias. Este rosário realça um outro elemento importante da espiritualidade de Santa Rita: seu amor filial a Maria, Mãe de Deus e imitação das suas virtudes.
As rosas sempre estiveram associadas a Santa Rita, devido ao prodígio das rosas e dos figos ocorrido num ano de rigoroso inverno, período em que estas flores e frutos não são produzidos pela natureza. Há diversos testemunhos que relatam este episódio. Eis um breve relato de uma biografia de 1628:
No mais rígido inverno, estando já tudo coberto de neve, uma boa senhora, parente de Santa Rita (sua prima), foi visitá-la. Ao partir perguntou-lhe se desejava alguma coisa de casa. Respondeu-lhe Santa Rita que desejava uma rosa e dois figos do seu jardim.
Sorrindo, a boa senhora, pensou que (Santa Rita) estivesse delirando por causa da gravidade de sua enfermidade, e se foi. Quando chegou em casa, aproximando-se do jardim, viu sobre o espinhal, sem nenhuma folha e coberta de neve, uma belíssima rosa, e sobre a figueira, dois figos bem maduros. Maravilhada pelo acontecido tão contrário à estação e à qualidade do clima muito frio, vendo a flor e os frutos milagrosos, recolheu-os e levou-os a Santa Rita.
Em memória a tal prodígio, as religiosas cultivam, no mosteiro de Santa Rita, um belíssimo roseiral, conforme podemos ver pela imagem que aqui temos.
O Roseiral de Santa Rita
Perfil Histórico de Santa Rita
Santa Rita nasceu em 1381 e morreu aos 22 de maio de 1457. Estas duas datas tradicionais foram consideradas corretas pelo Papa Leão XIII quando a proclamou Santa no dia 24 de maio de 1900.
Rita, filha única de Antonio Lotti e Amata Ferri, nasceu em Roccaporena, a 5 km de Cássia, e foi batizada com o nome de Margarida (MargaRITA) em Santa Maria do Povo, também em Cássia. Seus pais eram "pacificadores de Cristo" nas lutas políticas e familiares entre os Guelfi e os Ghibelini. Deram o melhor de si mesmo na educação de Rita, ensinando-a, inclusive a ler e escrever.
Aos 16 anos Rita se casou com Paolo di Ferdinando Mancini, jovem de boas intenções, mas vingativo. Tiveram dois filhos. Com uma vida simples, rica de oração e de virtudes, toda dedicada à família, ela ajudou o marido a converter-se e a levar uma vida honesta e laboriosa. Sua existência de esposa e mãe foi abalada pelo assassinato do marido, vítima do ódio entre facções.Rita conseguiu ser coerente com o Evangelho perdoando plenamente todos aqueles que lhe causaram tanta dor.Os filhos, ao contrário, influenciados pelo ambiente e pelos parentes, eram inclinados à vingança. A mãe, para evitar que se destruíssem humana e espiritualmente, pediu a Deus que tirasse a vida deles, pois ela preferiu vê-los mortos que manchados com sangue da vingança.
Ambos, ainda jovens, viriam a falecer em conseqüência de doenças naturais.
Rita, viúva e sozinha, pacificou os ânimos e reconciliou as famílias com a força da oração e do amor; só, então, pôde entrar no mosteiro agostiniano de santa Maria Madalena, de Cássia, onde viveu por 40 anos, servindo a Deus e ao próximo com uma generosidade alegre e atenta aos dramas do seu ambiente e da Igreja do seu tempo.
Nos últimos 15 anos Santa Rita teve sobre a testa o estigma de um dos espinhos de Cristo, completando, assim, na sua carne os sofrimentos de Jesus.
Foi venerada como santa imediatamente após a sua morte, como atestam o sacófago e o Códex miraculorum, ambos documentos de 1457-1462. Seus ossos, desde 18 de maio de 1947, repousam no Santuário, na urna de prata e cristal fabricada em 1930. Recentes exames médicos informaram que sobre a testa, à esquerda, existem traços de uma ferida óssea (osteomielite). O pé direito apresenta sinais de uma doença sofrida nos últimos anos, talvez uma inflamação no nervo ciático. Sua altura era de 1,57m. O rosto, as mãos e os pés estão mumificados, enquanto que sob o hábito de religiosa agostiniana existe, intacto, o seu esqueleto.
AS MENSAGENS DE SANTA RITA
Não existem livros, cartas ou diários escritos por Santa Rita. A sua mensagem provém de sua vida simples e heróica. Santa Rita é uma grande evangelizadora. Ela não anuncia a si mesma, mas o Senhor Jesus e a força do seu Mistério Pascal de cruz e Ressurreição. Santa Rita é a manifestação vigorosa do Espírito Santo, que fala e age também na Igreja e no mundo de hoje.
1. MENSAGEM ÀS MULHERES
Santa Rita, antes de mais nada, quer transmitir sua mensagem às mulheres de todas as idades e condições, porque ela conhecer pessoalmente os papéis femininos de filha, esposa, mãe, viúva e religiosa.
Santa Rita anuncia à mulher, o evangelho da liberdade, liberdade der ser ela mesma, de defender a própria dignidade e a de quem é mais fraco.
Ela proclama o evangelho da interioridade, porque sem esta, não existe liberdade, e as coisas passageiras podem facilmente seduzir e escravizar o coração.
Santa Rita encarna o evangelho do serviço, porque somente quem perde a própria vida por amor a encontra verdadeiramente.
2. MENSAGEM AOS CÔNJUGES
Santa Rita anuncia aos esposos o evangelho da fidelidade ao próprio cônjuge.
Ela proclama o evangelho do perdão, porque quem erra anda errante e somente será ajudado se não for condenado por nós.
3. MENSAGEM AOS PAIS
Aos pais, Santa Rita anuncia o evangelho da coerência, porque, de fato, só se é educador pelo exemplo.
Ela anuncia o evangelho da confiança, para que, a família, egoisticamente, não se feche ao futuro e não destrua a vida.
Ela proclama o evangelho da oração, porque abrir-se a Deus, significa construir a própria família sobre a rocha.
4. MENSAGEM AOS JOVENS
Santa Rita se dirige aos jovens de hoje como uma mãe aos próprios filhos.
Ela anuncia aos jovens o evangelho da esperança, porque a vida tem sentido, porque Deus nos ama e não nos deixa sozinhos.
Ela proclama o evangelho da obediência, porque somente partindo da humildade se constroem grandes coisas
Santa Rita anuncia aos jovens o evangelho da generosidade, porque com esforço próprio pode-se superar a lógica do ódio e da violência.
5. MENSAGEM A QUEM SOFRE
A quem sofre Santa Rita anuncia o evangelho da proximidade do Deus Crucificado, Consolador e Salvador.
Ela proclama o evangelho da fortaleza em carregar a própria cruz junto a Cristo.
Santa Rita encarna o evangelho da compaixão, porque sofre com quem sofre e socorre todo sofrimento com a sua poderosa intercessão.
6. MENSAGEM AOS CONSAGRADOS
À pessoa consagrada (religiosos e religiosas) Santa Rita anuncia o evangelho da alegria que surge da doação total a quem vale muito mais do que o cêntuplo: o Senhor Jesus.
Ela proclama aos consagrados o evangelho da comunhão, porque na tensão em configurar-se a Cristo "não mais exista homem ou mulher, e todas as divisões sejam superadas".
Enfim, a todas as pessoas que encontra, Santa Rita anuncia o evangelho da paz universal, para que sejamos todos sempre irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai.
Fonte: www.santarita-oar.org.br
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